O mapeamento de uso da terra tem como objetivos gerais o recobrimento do país em termos da classificação dos tipos de uso, a análise dos impactos e a definição dos indicadores da qualidade ambiental. Informação sobre o uso da terra pode ser usada para desenvolver soluções para a gestão de problemas relacionados a recursos naturais como, por exemplo, qualidade da água. O levantamento do uso da terra é de grande importância, na medida em que o uso desordenado do solo causa a deterioração do meio ambiente. Os processos de erosão intensos, as inundações, os assoreamentos de reservatórios e cursos d'água são consequências do mau uso do solo.

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Conforme o Manual Técnico de Uso da Terra do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os conceitos atribuídos à cobertura e ao uso da terra estão relacionados e costumam ser aplicados alternativamente. Geralmente, as atividades humanas estão diretamente relacionadas com o tipo de revestimento do solo, seja ele florestal, agrícola, residencial ou industrial. Dados de sensoriamento remoto podem ser correlacionados com a cobertura da terra e usados para mapear o tema. Entretanto, como o sensor remoto não registra a atividade diretamente, mas características da superfície da terra que retratam o revestimento do solo, as atividades de uso da terra correlacionadas à cobertura precisam ser interpretadas a partir de modelos, tonalidades, texturas, formas, arranjos espaciais das atividades e localização no terreno. Por outro lado, nem todas as atividades antrópicas se encontram diretamente relacionadas com a cobertura, como o turismo e a extração mineral, que só podem ser correlacionados com a cobertura a partir de dados suplementares.

A unidade de mapeamento do uso é a representação da homogeneidade e diversidade de objetos que recobrem a superfície da terra. Corresponde a uma cobertura considerada homogênea (floresta, campestre, água, etc.) ou a uma combinação de áreas elementares homogêneas, que em suas variações representam a cobertura da superfície terrestre. Caracteriza-se por ser claramente distinguível das unidades de seu entorno e por representar uma significativa porção de terra, em uma dada escala.

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\\agencia\ana\SGI\Acervo\GEONETWORK (disponível apenas na intranet da ANA)

O dado de Cobertura e Uso da Terra do Brasil (2014) é parte integrante do projeto Mudanças na Cobertura e Uso da Terra do Brasil, uma atividade permanente do IBGE que tem por objetivo monitorar as alterações na cobertura e uso da terra do país a cada dois anos.

A maior parte dos procedimentos digitais foi executada no software SPRING, desenvolvido e disponibilizado gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Primeiramente é construído um modelo de dados, uma espécie de projeto virtual capaz de armazenar dados georreferenciados de todo o país. O próximo passo é obter as imagens de satélite MODIS (bandas NIR, MIR, Red e o índice de vegetação NDVI) e Landsat 8 (bandas 4, 5 e 6), diretamente no sítio do Serviço Geológico dos Estados Unidos ( http://glovis.usgs.gov). A escolha das cenas segue o critério do ano de referência a ser mapeado (neste caso, 2014) e da melhor qualidade visual possível, principalmente no que diz respeito à cobertura de nuvens e à presença de material particulado na atmosfera (aerossóis, névoa, poeira, fumaça de queimadas etc.). Afim de dirimir dúvidas em algumas regiões específicas do país, também são obtidas imagens RapidEye, de alta resolução espacial e disponibilizadas ao IBGE via Ministério do Meio Ambiente. Também são usadas outras informações, como os mapas temáticos do IBGE e do projeto RADAMBRASIL, mapas temáticos produzidos por governos estaduais, dados dos projetos PRODES e TERRACLASS, desenvolvidos pelo INPE, e outras informações cartográficas produzidas por diversas instituições. A identificação das mudanças segue basicamente os seguintes procedimentos: interpretação visual das imagens de satélite; consultas aos outros materiais cartográficos; esclarecimento de dúvidas nas ferramentas web SERIES-INPE e SATVeg-EMBRAPA; e consultas ao GoogleEarth. Também são acessados os dados estatísticos produzidos pelo IBGE, especialmente as pesquisas agropecuárias, e realizadas campanhas de campo nos diferentes biomas brasileiros, a fim de esclarecer dúvidas regionais específicas. Um arquivo contendo os corpos d'água do país, divulgado oficialmente pelo IBGE, é incorporado ao mapeamento (Base Cartográfica Contínua 1:250.000 - BC250). O novo arquivo, com as massas d'água, passa por uma revisão na qual são eliminados os polígonos com área inferior a 625.000 m² (valor que representa a área mínima de mapeamento, definido em função da escala de trabalho e da resolução espacial das imagens MODIS).

O projeto Mudanças na Cobertura e Uso da Terra é gerenciado pela Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais (CREN-RJ) e executado pela Gerência de Recursos Naturais da Unidade Estadual do IBGE em Santa Catarina. Ambas estão subordinadas à Diretoria de Geociências do IBGE.

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ISO 19115:2003/19139

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